[#14] Insurtechs captaram mais de US$ 667 milhões desde 2018, mercado ainda tem muitas oportunidades
Atualmente, 60% dos brasileiros bancarizados não possuem qualquer seguro, o que aumenta as oportunidades para as startups que atuam nesse mercado.
Quarta-feira • 27 de março de 2024
No Empreendedorismo em Pauta dessa semana você vai encontrar:
👉 Vamos de atualizações: Insurtechs — a revolução digital no mundo dos seguros.
👉 Movimentos do mercado: “Go Green” — big techs se juntam ao movimento para tornar o desenvolvimento de software mais sustentável.
👉 IA em foco: Conheça o Zeca, startup que usa IA para impulsionar as vendas via WhatsApp.
👉 Pra ficar de olho: Tendências para startups, segundo o South Summit; Uber investe na Moove.
Tudo isso em mais ou menos 6 minutos de leitura!
📢 Insurtechs: a revolução digital no mundo dos seguros
Você com certeza já ouviu falar que o seguro morreu de velho.
Contudo, é inegável admitir o seguro não só está mais vivo do que nunca como também criou um mercado global trilionário — só no Brasil, as seguradoras arrecadaram R$ 388 bilhões em 2023, um aumento de 9% em relação a 2022, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Para se ter uma ideia, o mercado de seguros representa, hoje, 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E a expectativa é que essa participação aumente para 10% até 2030, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
E se depender da atuação das insurtechs, startups voltadas para o mercado segurador, essa meta será batida com louvor. Isso porque essas empresas estão não só revolucionando esse mercado, como também democratizando o acesso a diferentes tipos de seguro para a população.
Com o nível de bancarização da população latino-americana aumentando e com os avanços do Open Insurance, as insurtechs latino-americanas encontram, especialmente no Brasil, uma miríade de oportunidades e um cenário favorável para seu crescimento, o que reflete também nos investimentos recebidos.
Prova disso é que, de 2018 para cá, as insurtechs latino-americanas já captaram mais de US$ 667 milhões distribuídos em 107 deals — desses, US$ 553,8 milhões (cerca de 83% do volume total) foram investidos em terras tupiniquins, como mostra o gráfico abaixo.
É importante destacar que a rápida evolução tecnológica e as mudanças nos padrões de risco, estão moldando o futuro do setor. Pensando nisso, separamos três tendências que prometem revolucionar a maneira como pensamos sobre proteção e segurança financeira.
Uso da IA para análise de dados e riscos
A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente em todas as áreas da nossa vida, e o setor de seguros não é exceção.
Com algoritmos avançados e capacidades de análise de dados, as seguradoras podem avaliar os riscos de forma mais precisa do que nunca.
A IA pode analisar uma quantidade massiva de dados em tempo real, identificando padrões e tendências que podem passar despercebidos pelos métodos tradicionais.
Isso significa que as seguradoras podem oferecer produtos mais personalizados e precificar os riscos de maneira mais justa, beneficiando tanto os segurados quanto as próprias empresas.
Seguros para proteção cibernética
Com o aumento das ameaças cibernéticas e os dados se tornando cada vez mais valiosos, os seguros para proteção cibernética estão se tornando essenciais. Empresas de todos os tamanhos estão sujeitas a ataques cibernéticos, que podem resultar em perda de dados, interrupção das operações e danos à reputação.
Os seguros cibernéticos oferecem cobertura para uma variedade de incidentes, incluindo violações de dados, ransomware e interrupção de serviços.
À medida que a dependência das tecnologias digitais continua a crescer, esses seguros se tornarão uma parte fundamental da estratégia de gerenciamento de riscos de empresas e indivíduos.
Seguros embutidos (embedded insurance)
Uma tendência cada vez mais popular é a integração de seguros em produtos e serviços do dia a dia, conhecida como seguros embutidos.
Em vez de comprar uma apólice separada, os consumidores podem obter cobertura diretamente ao adquirir um produto ou serviço específico. Por exemplo, ao comprar um celular, você pode ter automaticamente uma cobertura de seguro contra danos acidentais.
Isso não só simplifica o processo de compra para os consumidores, mas também pode aumentar a adoção de seguros, principalmente se levarmos em consideração que, segundo a McKinsey, 60% da população bancarizada não possui nenhum produto de seguro.
🌱“Go Green”: big techs se juntam ao movimento para tornar o desenvolvimento de software mais sustentável
Uma pesquisa da Boston Consulting Group (BCG) constatou que, até 2040, o setor da tecnologia da informação e comunicação deve ser responsável por 14% da emissão de gases de efeito estufa. Para se ter uma ideia, essa é quase a quantidade emitida pelos transportes aéreo, terrestre e marítimo juntos.
Não só isso, até 2030, a expectativa é de que os data centers consumam 8% de toda a energia elétrica no mundo.
Por fim, um trabalho acadêmico recente constatou que, até 2027, a inteligência artificial deve consumir a mesma quantidade de energia que a Argentina.
Movimento “Go Green”
Para mudar essa realidade, algumas empresas têm adentrado no movimento “Go Green”, ou “Software Verde”, que consiste na adoção de práticas que minimizem o uso de recursos, como a reutilização de código e a escolha de algoritmos mais eficientes.
Com esse objetivo em mente, o movimento se concentra em três pilares:
Eficiência energética: usar menos energia para desenvolver o mesmo software;
Eficiência de hardware: utilizar menos recursos físicos;
Desenvolvimento computacional consciente: utilizar fontes de energia renováveis de forma inteligente.
Big techs entram de cabeça nesse movimento
O desenvolvimento sustentável de softwares já não é mais opcional, é urgente para combater as mudanças climáticas. Por isso, grandes corporações da tecnologia têm adentrado nesse movimento e mudado as realidades de suas operações.
O Google, por exemplo, tem como objetivo operar seus data centers única e exclusivamente via fontes de energia renováveis até 2030.
Já a Intel, utiliza uma arquitetura de servidores desagregados e redesenhou o design da operação de instalações de centro de dados, o que reduz o lixo eletrônico e aumenta a eficiência energética.
Por sua vez, a Apple quer tornar todos seus produtos neutros em carbono até 2030. Para isso, apostam em materiais de energia limpa.
🤖 IA em foco
É inegável que o Brasil é o país do WhatsApp. Segundo o Statista, depois da Índia, o Brasil é o país com mais usuários no aplicativo de conversas.
E para que uma empresa tenha sucesso, é imprescindível que ela esteja onde seus clientes estão, ou seja, no WhatsApp. Neste momento, a inteligência artificial é uma mão na roda.
O Zeca oferece uma plataforma de inteligência artificial para impulsionar as vendas B2B. A plataforma, chamada Copiloto, atua como um assistente virtual para vendedores, automatizando tarefas repetitivas e fornecendo insights valiosos para fechar mais negócios pelo WhatsApp.
A startup conta com clientes como Hypera, Reckitt e Aurora, além de afirmar já ter reduzido em 50% o tempo de resposta ao vendedor.
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👀 Para ficar de olho
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